Discussões a respeito de acessibilidade estão presentes nos estudos urbanos desde o surgimento das primeiras cidades. Estar perto ou no centro de cidades sempre foi sinônimo de prestígio, de maior proteção, de maior acesso às facilidades da vida urbana e de melhores condições de vida. Por isso, o nível de acessibilidade de diferentes localizações urbanas é debatido na academia de maneira recorrente.
Desde as contribuições de Von Thunen e seu “Estado Isolado” nos anos 1820, passando pela “BID Rent Theory” e o modelo de Alonso nos anos 1960 até a teoria do Natural Movement de Bill Hillier nos anos 1990, evidências que vinculam os espaços mais acessíveis da cidade a aspectos tidos como desejáveis para sua dinâmica (como a maior disponibilidade de infraestrutura, a maior oferta de comércios e serviços, a maior concentração de empregos e facilidades urbanas, a maior diversidade de usos do solo, as maiores demandas e consequentemente os maiores valores da terra sem falar das maiores quantidades de pessoas circulando pelas ruas), têm sido apresentados em publicações acadêmicas. Ou seja, quando analisamos a maneira como o espaço urbano se configura internamente, podemos verificar quais são as ruas mais acessíveis – isto é, mais próximas em média das outras – e, consequentemente, podemos inferir, por exemplo, onde o solo deve ser mais caro ou onde é mais provável encontrar pessoas circulando, mesmo sem ter que fazer visitas in loco à cidade ou região que estamos estudando.
Esse tipo de teoria é o que está por trás das ferramentas que a Space Hunters utiliza para estimar as ruas com maior ou menor potencial de concentrar indivíduos*. Dessa forma, na animação a seguir você irá conhecer um pouco mais a respeito do modelo computacional que nós utilizamos para fazer essa estimativa: ‘concentração’.
*É importante ressaltar que os modelos da Space Hunters consideram, apenas, a configuração espacial urbana.
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Leonardo Lima
Sócio Fundador
Arquiteto Urbanista, Mestre e Doutor em Planejamento Urbano e Regional.