Como estádios afetam cidades?

Descubra a história dos estádios, sua evolução, os 3 fatores de uma localização de sucesso desses espaços e como podem inspirar as decisões do seu negócio.

Um estádio é muito mais do que apenas “o lugar onde ocorre uma partida”, é palco para qualquer espetáculo e talvez um dos maiores “centro de experiências” já criados pela humanidade.

Com cada Copa, surgem novos e incríveis estádios no país sede. Construções gigantescas que podem representar diversos benefícios para a região na qual é instalada.

Estádios, no entanto, assim como podem virar uma “âncora” em relação à cidade, podem também, muito facilmente, virar um “elefante branco” ou ao menos um grande incômodo para quem convive com ele.

E tudo começa pela sua localização!

HISTORICAMENTE

Assim como o anfiteatro, o estádio está entre as formas arquitetônicas que preservam, há quase três mil anos, sua estrutura básica e a finalidade a que se destinava originalmente.

Os estádios modernos não diferem fundamentalmente da concepção grega antiga: uma grande construção destinada à realização de competições esportivas e outros espetáculos, com lugares para os espectadores em arquibancadas que contornam os campos de provas.

O Coliseu, por exemplo, era utilizado para vários espetáculos durante o Império Romano. No entanto, mais do que apenas um espaço de entretenimento, o Coliseu ajudou a fortalecer o “posicionamento de marca” do Império Romano.

A EVOLUÇÃO

Depois da queda de Roma, o anfiteatro sobreviveu durante algum tempo, até que a decadência das cidades fez desaparecer os espetáculos a que eram destinados. Passaram-se quase dois mil anos antes que a forma fosse revivida, mas em proporções muito menores, para os torneios medievais.

O reaparecimento dos esportes de massa, com o crescimento das cidades no século XIX levou a construção de vários estádios pelo mundo, dentre os mais antigos se destacam o Melbourne Cricket Ground na Austrália construído em 1854, o Lansdowne Road na Irlanda construído em 1872 e o Anfield no Reino Unido construído em 1884.

A retomada dos Jogos Olímpicos em 1896, levou à construção de muitos estádios e, desde então, a evolução foi rápida.

3 FATORES DO BOM LOCAL

Muitas olimpíadas e Copas se passaram e, para cada, os locais que sediavam tentavam se superar. Desde arquitetura até a sua funcionalidade, o estádio foi evoluindo.

Pensando na maior comodidade para uma experiência mais agradável, os mesmos viraram arenas.

No entanto, tem uma característica que os estádios mantém: servem para um grande público de pessoas.

Mas quem são essas pessoas? O que elas buscam? Como consomem e vivem? Uma coisa é certa, elas buscam:

conveniência, reconhecimento e segurança!

E um estádio que tenha uma localização baseada nesses 3 fatores com certeza terá muito mais sucesso!

CENTRAL, ÂNCORA E ELEFANTE BRANCO

Os 3 fatores para um estádio bem localizado podem ser desempenhados de diversas formas. Numa breve análise, é possível citar 3 tipos de estádios e ver como desempenham cada um dos fatores da boa localização.

• CENTRAL

Um estádio Central é aquele que melhor desempenha o 3 fatores e que está num local próximo da maioria das pessoas, em vias de maior facilidade de uso e que alcance tanto quem está perto quanto quem está longe.

Um exemplo deste tipo é o Allianz Parque, em São Paulo. É próximo de muitos lugares, com caminhos frequentemente utilizados indo até o local, onde a torcida se sente reconhecida e segura, e que oferece conveniências e serviços dentro e nas proximidades, além de se inserir na “vida de bairro”.

• ÂNCORA

Um estádio Âncora já não é tão próximo para maioria das pessoas, mas possui vias fáceis de serem utilizadas e, por mais que não alcance tão bem nas proximidades, é assertivo em ser uma experiência que atraia pessoas em grandes distâncias.

O estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, é um exemplo de Âncora. Não fica próximo da região das atividades cotidianas da população, mas se tornou atrativo para a torcida, sendo uma experiência segura e conveniente para curtir na beira do lago.

• ELEFANTE BRANCO

Já um estádio Elefante Branco é aquele que é longe de tudo: longe da praticidade e da torcida. Não possui muitos caminhos fáceis de acesso, seja para quem estiver perto, assim como quem estiver longe.

Um exemplo de Elefante Branco é a Arena Pernambuco, em Recife. Longe da área mais cômoda, a Arena depende de eventos para ter vida, caso um time não jogue lá, e, sendo difícil seja de carro ou a pé, não se conecta com o entorno.

EM RESUMO

Estádios eficientes tem tudo a ver com o local que são inseridos. Não tanto por estar no meio de tudo, mas principalmente por ter de entender quem que ele atenderá e onde e como essas pessoas vivem, consomem e transitam.

Não adianta construir o mais caro estádio (como o Mané Garrincha em Brasília) e não servir para ninguém que ali mora. O maior estádio do mundo, por exemplo, é o Estádio Rungrado May Day, para 150000 espectadores, mas que fica em Pyongyang, na Coreia do Norte (nem precisamos explicar muito do porquê ele não atende muito sua população né?).

Na Copa do Mundo deste ano, teremos diversos monumentais novos estádios. Mas vai ser depois do evento que perceberemos se serão como o Santiago Bernabeu é para a cidade de Madri (conectado e impulso para o entorno) ou um Mané Garrincha para Brasília (monumento mas pouco útil para a cidade).

Seja uma Arena, Estádio ou qualquer local de vivenciar experiências, todos precisam estar conectados com a região e com o público que irão atender! Assim como todo o negócio! Se precisar acertar na localização da sua empresa, conte conosco!