Como se Preparar para a Expansão Internacional da sua Franquia: lições da Space Hunters na Argentina 🇦🇷

25 de set. de 2025

Expandir internacionalmente é um sonho para muitas redes de franquias — mas também é um passo que exige cuidado, análise profunda e apoio estratégico. 

Para apoiar franqueadores que buscam dar esse salto com segurança, a Space Hunters participou da Missão Argentina 2025, promovida pela ABF (Associação Brasileira de Franchising) e pela AAMF, durante a Expo Franquicias Argentina, em Buenos Aires.

Neste artigo, vamos compartilhar os principais aprendizados da missão, análises sobre o cenário argentino e como a inteligência de localização pode guiar a expansão da sua rede para qualquer lugar do mundo.

✈️ O que foi a Missão Argentina da ABF?

Entre os dias 09 e 13 de setembro de 2025, uma comitiva de marcas brasileiras, acompanhadas pela ABF, mergulhou no ecossistema do franchising argentino. Durante a Expo Franquicias Argentina 2025, a equipe da Space Hunters participou de:

  • Palestras e painéis com especialistas locais da Embaixada Brasileira e do mercado financeiro argentino;

  • Visitas técnicas a redes de franquia em operação, como o Café Martinez;

  • Rodadas de negócios com marcas e investidores na Feira de Franquicias;

Nosso objetivo? Entender o mercado argentino, identificar oportunidades de entrada e, principalmente, reforçar a presença da inteligência geográfica como peça-chave na internacionalização.

🌎 Por que olhar para o mercado argentino?
Lições dos Especialistas da Space Hunters

A Argentina, apesar de sua instabilidade econômica recente, vive um momento de abertura para empresas estrangeiras — especialmente marcas organizadas, com boa gestão e visão de longo prazo.

Veja alguns pontos que destacamos:

1. Panorama econômico atual

Apesar da instabilidade, e acompanhamos a cidade de Buenos Aires na semana após suas controversas eleições legislativas, o cenário que encontramos é otimista e cria oportunidades para empresas estrangeiras organizadas e bem preparadas.

O cenário fiscal na Argentina segue bem complexo se comparado ao brasileiro, porém mais aberto que nos últimos anos, e cada vez menos complicado (mesmo que aos poucos). O principal empecilho, o de Importação e Exportação, parece que vem sendo simplificado, hoje possibilitando importações de produtos com certificado de origem do Mercosul com pagamentos mais rápidos ao exterior, utilizando câmbios oficiais e com menor carga tributária.

A economia ainda terá respostas com a sequência das eleições, que acontecerão em 26/10/2025. Os empresários com quem tivemos acesso seguem confiantes que o interior do país será mais favorável ao governo Milei, e elegerá um legislativo que continuará a desburocratização do Estado Argentino. É bom ficar de olho 👀

2. Câmbio e previsibilidade

A ideia de um sistema de bandas cambiais não é nova, mas a forma como o governo de Javier Milei a implementou na Argentina é um pouco diferente e causa bastante discussão. Basicamente, o governo define uma taxa de câmbio oficial para o dólar, mas permite que essa taxa se mova dentro de uma faixa (a banda), subindo um pouco a cada dia (o chamado "crawling peg").

O objetivo é reduzir a volatilidade, ou seja, evitar que a cotação do dólar dispare de forma descontrolada em um único dia. Isso dá mais previsibilidade para as empresas e para a população, que sabem que o dólar não vai ter um salto gigantesco repentinamente. No entanto, muitos economistas questionam se essa estratégia é sustentável a longo prazo, já que a inflação na Argentina ainda é muito alta e a desvalorização do peso pode não acompanhar a alta dos preços.

3. Repatriação de Moeda

A repatriação de moeda se refere ao processo de uma empresa ou pessoa tirar dinheiro de um país (neste caso, a Argentina) e levá-lo para outro (o Brasil). Essa é uma operação complexa e cheia de obstáculos.

O governo argentino impõe controles de capital para evitar uma fuga massiva de dólares do país. Isso significa que existem limites e regras rígidas para quem quer comprar dólares ou enviá-los para o exterior. A repatriação exige planejamento e apoio jurídico-financeiro por causa da complexidade burocrática, dos limites regulatórios e do compliance tributário. Se a empresa não fizer tudo corretamente, pode enfrentar multas ou até acusações de evasão de divisas.

4. Consumo e Hábitos na Argentina

As marcas brasileiras ainda não estão fortemente posicionadas no território argentino, o que abre espaço para prime movers — empresas que cheguem antes da massa e ocupem as melhores localizações. A proximidade cultural e geográfica é com certeza um diferencial, especialmente se seus produtos e insumos são fabricados no Mercosul.

Um detalhe super importante cultural percebido é que, devido as crises econômicas enfrentadas pelos argentinos nos últimos anos e pelo fechamento de fronteiras a importação e exportação no país, os negócios e empresas da cidade de Buenos Aires eram já antigos e consolidados, porém ficando cada vez mais velhos e desfasados. Conversando com empresários, muito otimismo foi visto quando se trazia a ideia de algo novo, moderno, principalmente na questão visual e física do ponto comercial. É como se o povo argentino, com a economia melhorando, estivesse ansioso por novas marcas e experiências.

Utilizando um exemplo no ramo de lavanderias, muito nos foi dito que, em sua maioria, as lavanderias de Buenos Aires possuíam um caráter de bairro, mais simples, antigas e sem apelo de marca, muitas vezes sendo negócios familiares. Muito diferente do que vemos no Brasil, onde diversas marcas nesse mercado trazem propostas diferentes, com pontos bonitos e novos, visualmente falando, o argentino comum não tem acesso a esse tipo de experiência. 

Além disso, a Argentina é um país onde culturalmente as pessoas caminham muito nas ruas, pelo seu formato urbano, Buenos Aires é uma cidade muito caminhável, e o país conta com muito menos shopping malls do que o Brasil em números brutos e relativos. Oportunidade que faz com que seja possível ver inúmeras cafeterias a cada esquina e negócios de rua que se mantêm mais competitivos com o tempo.

📌 Principais Impactos para Franquias Brasileiras na Expansão para a Argentina

A expansão internacional exige mais do que desejo e oportunidade — ela demanda adaptação e previsibilidade financeira, contratual e cultural. Abaixo, detalhamos três aspectos que precisam estar no seu radar ao levar sua franquia para a Argentina:

💵 1. Câmbio e Distorções Financeiras: Prepare-se para a volatilidade

Embora o sistema atual de “bandas cambiais” na Argentina tenha trazido certa previsibilidade (com o chamado crawling peg), a oscilação do peso argentino frente ao real ou ao dólar continua significativa. Isso afeta diretamente o custo e o retorno de cada unidade franqueada no país.

Para redes brasileiras, isso significa:

  • Os royalties fixados em reais ou em dólar podem, em determinados momentos, se tornar insustentáveis para o franqueado local, especialmente em períodos de desvalorização do peso.

  • Taxas de franquia também podem parecer caras demais se forem calculadas sem considerar as realidades econômicas argentinas.

  • É essencial calcular e rever os pontos de equilíbrio de cada unidade, adaptando metas de faturamento e custos com base nas flutuações da moeda local.

📌 Dica prática: Considere estruturas flexíveis no seu plano de negócios e utilize cenários cambiais no seu modelo de viabilidade. Contar com apoio de consultorias financeiras com atuação internacional é essencial.

📄 2. Contratos bem estruturados evitam prejuízos futuros

Na hora de expandir internacionalmente, muitos franqueadores mantêm seus contratos-padrão nacionais, traduzindo para o espanhol e ajustando pequenas cláusulas. Cuidado com esta prática:

A Argentina tem regras específicas sobre registro de marcas, remessas de lucros e operação de franquias. Se o seu contrato não estiver bem estruturado, você pode:

  • Ter dificuldades para repatriar valores legalmente;

  • Enfrentar judicialização por cláusulas consideradas abusivas ou mal-adaptadas à legislação local;

  • Não conseguir registrar sua marca adequadamente — o que pode abrir brechas para cópias ou uso indevido.

Por isso, é importante que sua rede tenha:

  • Um contrato de franquia internacional, que defina com clareza os indexadores de pagamento (real, dólar ou peso);

  • Mecanismos de revisão de taxas conforme o cenário macroeconômico;

  • Um bom escritório jurídico local, com experiência em franchising, para auxiliar em registros, validação e licenciamento.

📌 Dica prática: Preveja em contrato a possibilidade de renegociação de valores, especialmente nos primeiros anos, quando a operação ainda está se estabilizando.

🌎 3. Adaptação da marca à cultura e à linguagem local

Nem todo nome, jargão ou identidade visual “viaja bem”.

O mercado argentino tem uma cultura forte e bem definida. O público valoriza autenticidade e percebe facilmente quando uma marca está “forçando a barra” para se encaixar. Se sua franquia carrega muitos regionalismos, gírias brasileiras ou referências muito específicas, você pode encontrar barreiras de aceitação — mesmo com um produto de qualidade.

Pontos de atenção:

  • Adapte o vocabulário e o material de marketing: revise manuais, cardápios, embalagens e slogans.

  • Tenha cuidado com termos que possam ter significados diferentes ou causar confusão em espanhol rioplatense.

  • Trabalhe com designers e redatores locais, que possam tropicalizar sua comunicação sem descaracterizar sua essência.

  • Avalie se o nome da marca soa bem em espanhol — e se há necessidade de ajustes leves (como o uso de subtítulos ou variações gráficas).

📌 Dica prática: Faça testes com consumidores locais antes de lançar. Pesquisas qualitativas simples podem revelar ajustes cruciais para sua comunicação.

💬 Mas afinal, por que internacionalizar?

Além do desejo de expansão, vender em outro país também é uma forma de diversificar receitas, proteger seu negócio da instabilidade nacional e se posicionar como uma marca de alcance global.

Expandir com inteligência é o que separa as redes que crescem de forma sustentável das que se perdem ou empacam apenas na expansão pelo território brasileiro.

🇧🇷 E como as marcas brasileiras da ABF têm expandido por lá?

Durante o evento, pudemos apresentar aos franqueadores como a metodologia exclusiva da Space Hunters pode ser aplicada em qualquer país do mundo, com o mesmo nível de profundidade das análises feitas no Brasil.

1. Avaliação do Potencial de Expansão no País

"Quantas operações da minha marca cabem nesse país?"

Essa pergunta orienta todo o plano de entrada. Usando dados de população, renda, classes sociais, concentração urbana, hábitos de consumo e concorrência, conseguimos gerar um estudo de Melhores Cidades para Expansão, que entrega:

  • Quantas unidades são possíveis no país;

  • Quais cidades têm maior potencial de público-alvo;

  • Quais praças devem ser priorizadas.

✅ Esse estudo já foi realizado em mais de 20 países, e é parte da inteligência inclusa para os clientes do Plano Expansion.

2. Análise de Pontos Comerciais no Exterior

"Em que região ou bairro vale a pena abrir a primeira unidade?"

A análise de ponto comercial, um dos serviços mais usados no Brasil, também é oferecida internacionalmente. Isso inclui:

  • Avaliação de imóveis disponíveis;

  • Comparação com concorrentes diretos e indiretos;

  • Análise do entorno urbano e morfologia da cidade;

  • Ranking dos melhores pontos comerciais;

  • Apoio em decisões com base em custo-benefício real.

📍 Tudo isso com acesso ao Space Data — e nossa consultoria, que agora conta com cobertura para mais de 180 países no mundo.

3. Estudos de Caso em Buenos Aires

Durante a Missão, realizamos simulações práticas para nossos clientes, como:

  • Avaliação do bairro Palermo para marcas de alimentação premium;

  • Análise da região Recoleta para negócios voltados a classes mais altas e turistas;

  • Identificação de polos de fluxo e acessibilidade com apoio da ferramenta Space Movimentos.

Essas análises trouxeram insights valiosos — como regiões promissoras ainda com aluguel competitivo, e zonas saturadas que aparentavam ser boas apenas pela fama.

A boa notícia é que tudo o que já é feito para as redes no Brasil também pode ser replicado em qualquer país com o apoio da Space.

O que você pode analisar:

  • Potencial de unidades por país;

  • Priorização de cidades com maior público-alvo;

  • Localizações específicas com melhor retorno por m²;

  • Imóveis comerciais e visibilidade urbana;

  • Concorrência direta e indireta;

  • Tendências de crescimento e adensamento;

  • Indicadores de fluxo urbano.

📈 Tudo com relatórios visuais e objetivos, com mapas interativos e dados comparáveis.

🧠 Conhecimento, Dados e Segurança

A Space Hunters não vende mapas. Trabalhamos entregando decisões mais seguras. E na hora de entrar em um novo país, isso vale ainda mais.

Na Missão Argentina, vimos de perto como uma rede bem-preparada, com inteligência de localização, sai na frente. Entende as barreiras cambiais, prepara sua operação, negocia melhor contratos e se posiciona nas melhores cidades e bairros antes dos concorrentes.

✍️ Considerações Finais: vale a pena expandir agora?

Se sua marca já está minimamente consolidada em nível nacional, sim — esse pode ser o momento certo. A América Latina continua sendo a porta de entrada ideal para quem busca seu primeiro passo internacional, e países como Argentina, Paraguai, Colômbia e México estão cada vez mais acessíveis.

Mas nunca subestime o planejamento.

Com a Space Hunters, você terá um plano claro, dados reais e apoio estratégico para entrar com o pé direito em qualquer território.

🚀 Quer começar agora?

Estamos com planos ativos para internacionalização com diversas redes brasileiras. E podemos incluir a sua no próximo destino.

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