Nos últimos anos, a forma como olhamos para as cidades mudou profundamente.
Não basta mais pensar o território apenas como espaço físico, ele é um organismo vivo, que reflete comportamento, consumo, morfologia urbana e oportunidades de desenvolvimento.
Na última semana, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) foi palco da Imersão Caminhos da Liderança, um seminário que reuniu gestores públicos, empreendedores e especialistas para debater o papel das cidades na nova economia.
A Space Hunters marcou presença no encontro com Arthur Duarte e Francisco Zancan, trazendo uma visão prática sobre como dados e inteligência territorial podem impulsionar o empreendedorismo urbano e fortalecer a competitividade dos municípios.
ALESC e o papel das instituições no desenvolvimento urbano
A ALESC é a casa que representa o povo catarinense, onde se discutem leis e políticas que moldam o futuro do Estado.
Mas, cada vez mais, a Assembleia vem ampliando seu papel como espaço de reflexão, diálogo e articulação entre diferentes setores da sociedade promovendo seminários, encontros e programas que conectam governo, academia e setor produtivo.
O seminário Caminhos da Liderança surgiu justamente dessa proposta: inspirar novas lideranças e discutir o futuro das cidades sob a ótica da inovação, da sustentabilidade e da inteligência territorial.
O conceito de “cidades empreendedoras” foi o eixo central do evento e o debate mostrou que empreender, no contexto urbano, vai muito além de abrir empresas.
Trata-se de criar ecossistemas onde pessoas, negócios e governo evoluem juntos, apoiados em dados, planejamento e visão territorial de longo prazo.

Cidades empreendedoras: quando o território é o ativo mais valioso
Uma cidade empreendedora é aquela que entende seu próprio território como ativo estratégico.
Ela sabe onde estão seus potenciais, suas lacunas e suas centralidades e usa essa leitura para direcionar investimentos, atrair negócios e melhorar a qualidade de vida da população.
Durante o painel, Arthur Duarte destacou que “a cidade empreendedora não nasce por acaso, ela é fruto de planejamento urbano inteligente, com base em dados e evidências”.
Segundo ele, a morfologia urbana, ou seja, a forma como a cidade cresce, se estrutura e se conecta, é determinante para a competitividade econômica.

“Cidades com boa conectividade espacial, diversidade de usos e centralidades bem distribuídas tendem a gerar mais oportunidades e reter talentos.
E isso não é sorte, é resultado de uma leitura territorial precisa e de decisões baseadas em dados”, explicou Arthur.
Em outras palavras, o empreendedorismo urbano nasce do entendimento profundo do território.
Quando gestores e planejadores passam a enxergar as cidades como sistemas dinâmicos onde o fluxo de pessoas, o consumo e a infraestrutura dialogam, a tomada de decisão se torna muito mais assertiva e sustentável.
O território como estratégia de desenvolvimento
Um dos pontos mais marcantes do debate foi a ideia de que o território é o ponto de partida de toda estratégia pública ou privada.
Francisco Zancan, cofundador da Space Hunters, ressaltou que a inteligência territorial é o elo entre o urbano e o econômico:

“Empreender, planejar e governar são ações que precisam estar ancoradas na leitura do território. Sem isso, as decisões ficam desconectadas da realidade e perdem eficiência.”
Francisco apresentou exemplos práticos do uso de geomarketing e dados espaciais como ferramentas para compreender o comportamento do território desde a identificação de polos de consumo até o mapeamento de áreas com alto potencial de centralidade e expansão urbana.
Essas análises permitem que gestores públicos planejem investimentos com foco em impacto real, e que empresas escolham localizações mais estratégicas para expansão, gerando um ciclo virtuoso de crescimento e desenvolvimento urbano.
Planejamento urbano e morfologia: o mapa invisível da cidade
O debate na ALESC trouxe também uma reflexão sobre como a morfologia urbana traduz a história e o futuro das cidades.
Cada rua, avenida ou bairro conta uma narrativa sobre como o espaço foi ocupado, quais fluxos se consolidaram e onde surgiram novos polos de atração.
Esses elementos quando analisados sob a ótica da inteligência territorial — revelam oportunidades invisíveis a olho nu.
“Entender a morfologia é entender o comportamento urbano. É perceber por que certas áreas concentram inovação, enquanto outras enfrentam estagnação.
E, a partir dessa leitura, propor soluções que reconectem o território”, destacou Arthur Duarte.
A Space Hunters tem se dedicado justamente a traduzir essa complexidade urbana em dados acionáveis, por meio de soluções como o Space Data e o Space Movimentos plataformas que permitem visualizar o fluxo de pessoas, as tendências de consumo e o potencial de crescimento das cidades.
Essa leitura integrada entre dados espaciais, socioeconômicos e de mobilidade tem permitido que municípios e empresas identifiquem onde estão as novas centralidades, quais regiões estão em transição e onde surgem novas oportunidades de investimento.
O ecossistema urbano colaborativo: conectando agentes para decisões mais inteligentes
O verdadeiro empreendedorismo urbano nasce da colaboração entre diferentes atores do território. Governos, empresas, universidades e a sociedade civil formam um ecossistema que se retroalimenta, compartilhando dados, aprendizados e soluções.
Quando o território é visto como plataforma de inovação, cada participante passa a contribuir para a construção coletiva de cidades mais equilibradas e competitivas. A integração de informações sobre morfologia urbana, tendências de consumo e potenciais territoriais permite que decisões estratégicas não dependam apenas de intuição, mas de análises concretas e preditivas.
Essa abordagem conecta diretamente com o trabalho da ALESC, que busca uma visão sistêmica das cidades, promovendo políticas que alinham desenvolvimento econômico, qualidade de vida e sustentabilidade urbana.

A nova era das cidades inteligentes e colaborativas
O conceito de “cidade empreendedora” se conecta diretamente ao de cidade inteligente mas com uma diferença importante:
enquanto a cidade inteligente foca na tecnologia, a cidade empreendedora foca nas pessoas e nas conexões que transformam o território.
Cidades inteligentes são aquelas que aprendem com seus próprios dados.
Elas desenvolvem políticas preditivas, ajustam infraestrutura conforme o comportamento urbano e constroem ambientes propícios à inovação.
Nesse contexto, a Space Hunters tem atuado como ponte entre o dado e a decisão, apoiando tanto o setor público quanto o privado na construção de cidades mais competitivas, humanas e sustentáveis.
Zancan reforçou durante o evento que a inteligência territorial é a base da inovação urbana:
“Quando conseguimos transformar dados em estratégia territorial, abrimos espaço para políticas públicas mais eficazes, investimentos mais assertivos e um ecossistema urbano mais equilibrado.”
Lucro social e sustentabilidade urbana
Outro ponto forte do painel foi a discussão sobre o lucro social, conceito que aproxima o planejamento urbano do impacto coletivo.
Ao contrário da visão tradicional de crescimento, o lucro social busca equilibrar o desenvolvimento econômico com a qualidade de vida, promovendo cidades mais inclusivas e sustentáveis.
Arthur Duarte destacou que “a cidade do futuro será aquela que gerar prosperidade sem ampliar desigualdades”.
E isso só é possível quando as decisões sobre o território são tomadas com base em indicadores sólidos — como densidade populacional, acessibilidade, conectividade e distribuição dos serviços urbanos.
Na prática, o lucro social é o resultado de uma gestão territorial inteligente, que entende o espaço como plataforma de oportunidades, não de exclusões.

Planejar o futuro com base em evidências
As cidades estão diante de um novo paradigma: o planejamento urbano baseado em evidências.
É o movimento que substitui a intuição pelo dado, e o improviso pela análise territorial.
Durante a imersão na ALESC, ficou claro que governança, inovação e dados precisam caminhar juntos.
E é exatamente nessa interseção que a Space Hunters atua traduzindo informações complexas em inteligência estratégica para a tomada de decisão.
Ferramentas como o Space Data permitem que gestores e analistas enxerguem o território com precisão cirúrgica:
Onde estão as áreas com maior fluxo e potencial de consumo;
Quais regiões apresentam risco de estagnação;
Como a morfologia urbana influencia a produtividade e a mobilidade;
E quais territórios estão prontos para atrair novos investimentos.
Essa visão integrada se torna essencial para qualquer cidade que queira planejar o futuro com base em evidências e não em suposições.
Cidades empreendedoras são cidades que se conhecem
No encerramento do evento, o consenso entre os participantes foi claro: as cidades mais competitivas do futuro serão aquelas que se conhecem profundamente.
Conhecer o território é conhecer sua população, seus hábitos, seus fluxos, seus desafios e potenciais.
É compreender que a economia urbana é um reflexo direto da estrutura espacial e da morfologia e que a prosperidade nasce da harmonia entre o crescimento físico, social e econômico.
Francisco Zancan resumiu bem o espírito da discussão:
“Cidades empreendedoras são cidades que leem seus próprios dados, interpretam seus movimentos e usam essa inteligência para criar futuro.”

Dados que fortalecem territórios
A presença da Space Hunters na ALESC reforça nosso compromisso em apoiar o desenvolvimento urbano e econômico por meio da inteligência territorial.
Mais do que participar de um evento, esse momento simboliza a conexão entre o poder público, o setor privado e a tecnologia três forças que, juntas, constroem cidades mais resilientes, inovadoras e humanas.
Seguimos firmes no propósito de transformar dados em estratégia, e estratégia em impacto contribuindo para que cada cidade descubra e potencialize seus próprios territórios de oportunidade.
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